O Mago

Também conhecido como o Mágico, esta é a primeira carta do Tarot.

Simboliza o Homem Verdadeiro cuja missão é conseguir a união do espírito e da matéria.

A carta representa o poder da mente em direccionar um projecto com mestria, concentrando esforços e inteligência para um determinado fim.
Num sentido mais geral, o mago pode ser considerado símbolo da atividade originária e do poder criador existente no homem. Como ponto de partida do Tarô, é também o primeiro passo iniciático, a vontade básica no caminho para a sabedoria, a matéria primordial dos alquimistas, o barro paradisíaco do qual será obtido o Adão Kadmon.

“Se o mundo visível não passa de ilusão – pergunta-se Oswald Wirth – o seu criador não será o ilusionista por excelência?”

Neste plano, o mago identifica-se com a materialidade do ser criado, até que o demiurgo e a criatura tornam-se o mesmo: certamente há aqui um sentido psicológico, para o qual a identidade é produto da experiência pessoal (o homem é o resultado das suas próprias ações). Desta maneira, pode-se interpretar a supressão da quarta perna da mesa como representativa do ternário humano no mundo (espírito-psique-corpo).

Uma das especulações em torno do personagem do Arcano I pode ser estabelecida a partir da sua atividade intensa, de seu dinamismo sem
repouso (produto de seu caráter de intermediário entre o sensível e o virtual), atributo que o relaciona de modo estreito ao simbolismo de Mercúrio.
 
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